quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Preparados para o Yule?


Yule, a festa "pagã" que deu origem à celebração do Natal em Dezembro, também conhecida como Yuletide ou Yulefest.



Diz a wikipédia que "Os pagãos Germânicos celebravam o Yule desde os finais de Dezembro até aos primeiros dias de Janeiro, abrangendo o Solstício de Inverno". Mais tarde a cultura cristã "absorveu" esta festividade pagã, passando a comemorar o nascimento de Jesus a 24 de Dezembro (mas na realidade parece que este nasceu no final de Setembro).

O calendário pagão segue os ciclos da natureza e conta com oito celebrações por ano – os chamados sabbats – cada um dedicado a uma diferente fase desses ciclos, como as colheitas, a fertilidade da terra, a chegada da primavera, etc. No dia 22 de Dezembro os pagãos celebram o Yule (o segundo sabbat do ano que, nesta religião, começa a 31 de Outubro, no Samhain, conhecido entre os cristãos como Halloween ou véspera de Todos os Santos.)



A religião pagã reverencia um princípio criador único e que se divide em duas polaridades: feminina e masculino. Daí o culto à Deusa e ao Deus, respectivamente identificados pela lua e pelo sol. Segundo a crença pagã, a Deusa Mãe dá à luz o Deus Sol. E o Yule corresponde ao solstício de Inverno, ou seja, o dia mais pequeno do ano, a partir do qual os dias começarão a tornar-se maiores. Celebra-se então o nascimento do Deus Sol, que regressa para fertilizar as terras e aquecer o planeta.

Num esforço simultâneo de estabelecer a data do nascimento de Cristo e obscurecer a religião pagã – na época considerada uma ameaça a um cristianismo ainda jovem e pouco tolerante – os sacerdotes romanos fizeram coincidir o Natal com a época do solstício de inverno e com o nascimento do Deus Sol. 
Cerca de dois séculos depois, o Natal foi alargado para os 12 dias que vão de 25 de Dezembro a 6 de Janeiro (dia de Reis em Portugal).

A celebração do Yule pelos pagãos incluía:
  • Uma árvore enfeitada com velas acesas encimada com um pentagrama (estrela), o símbolo da Bruxaria (uma árvore viva e não arrancada à natureza), 
  • A queima de um tronco de carvalho, decorado com azevinho (em algumas aldeias guarda-se um tronco de madeira mais grosso para arder durante toda a noite de Natal; e temos também o famoso bolo "tronco de Natal"),
  • Uma troca de presentes que assinalava a passagem de mais um ciclo da vida: o nascimento – sendo também mais tarde associada à chegada dos Reis Magos a Belém.
  • Algumas tradições pagãs incluíam também nas celebrações do Yule a construção de um “presépio”, cujas figuras representavam a Mãe Natureza, o Pai Tempo e o Deus Sol acabado de nascer. 

No paganismo, e desde há milhares de anos, as cores do Yule são o vermelho, o branco e o verde, e as plantas que estão associadas a este Sabbat são o azevinho, o visco e a hera. A Deusa, que ao longo da Roda do Ano é celebrada enquanto virgem, mãe e anciã, no Yule encontra-se na sua plenitude maternal.

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