Quando 2020 estava a aproximar-se achei que iria ser um excelente ano. Só porque sim, por ser um ano par, redondinho, com o número 2 que é o meu "preferido" (é capaz de ser um pouco estranho falar em números preferidos mas sempre gostei do número 2. Criancices).
Lá o ano iniciou e por algum motivo comecei a ficar com a estranha sensação que iria ser um ano mau. Uma pequena sensação, que se foi cimentando com alguns pequenos nadas: bateram-me no carro, a máquina de lavar loiça avariou, comecei com dores de costas, dores de cabeça, amigas que estavam igualmente a ter maus momentos... depois a pandemia instalou-se e de facto a coisa confirmou-se, 2020 tornou-se um ano "mau" para quase todos nós.
Agora parecia que estava tudo a melhorar, eu já andava mais animada, a voltar a uma certa normalidade (não fosse uma dor de costas nova, que associo ao facto de trabalhar em casa na mesa da cozinha, muito pouco ergonómica) quando ontem fui assaltada por uma nova grande sensação de que vai tudo piorar novamente.
Será o COVID? A crise económica? (a propósito, dizem que os ratos são os primeiros a abandonar o navio quando este ameaça ir ao fundo). A turbulência social a que estamos a assistir?
Estamos a viver uma época de mudanças e o meu lado pessimista acha que não serão boas. Não, não se aprendeu nada com a pandemia ou o confinamento. As pessoas usam mais descartáveis, atiram máscaras para o chão, partem estátuas, escrevem frases contra as minorias ou a favor das minorias, são contra as forças de segurança ou a favor, consoante a onda geral e sem pensarem muito bem no que dizem...
O desconfinamento foi "à bruta"e voltou tudo ao mesmo. Se aumentarem os casos, se o cenário se agravar, não sei se vamos conseguir controlar como na primeira vaga (e se calhar Portugal apenas adiou um problema para mais tarde). No próximo outono/inverno vamos ter mais uma prova de fogo, com o regresso de todos ao trabalho/escola e o regresso das doenças respiratórias típicas dessa época. Talvez esteja a ser demasiado pessimista, mas sem duvida que estamos numa era de mudanças e não me parece que estejamos a mudar para melhor.
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