quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Destralhar: verbo inexistente mas muito importante!



Apesar de poucos saberem, "Destralhar" está na ordem do dia!
Pelo menos para mim, para alguns autores de blogs que leio e grupos "facebookianos" que sigo.

Como o nome indica, consiste em eliminar, pouco a pouco (de acordo com algumas teorias) ou de uma vez só, todos aqueles objectos que não necessitamos, não nos dão prazer ou que simplesmente estão ali "a mais".

Comecei por ler o livro "Menos é Mais, de Francine Jay" (falei dele no meu anterior blog), mas destaco uma das primeiras frases:
"Ao contrário daquilo em que os publicitários querem que acreditemos, nós não somos aquilo que possuímos"
e a ideia de que todas as nossas aquisições têm um custo ambiental: 
"Todos os objectos que adquirimos (...) consomem grande parte da riqueza do planeta Terra."

Mais recentemente li "A mágica da arrumação, de Marie Kondo" e o que ela diz faz todo o sentido:

"(...) a melhor forma de escolher o que guardar e o que descartar é pensar se aquilo nos faz felizes"
"(...) mantenha apenas as coisas que lhe falam ao coração e tome coragem para jogar fora todo o restante.
Agora, imagine viver num ambiente que só contenha coisas que lhe dão alegria.
Não é esse o estilo de vida dos seus sonhos?"




Infelizmente não consigo fazer o que a Marie Kondo propõe: fazer a arrumação toda num dia, por exemplo no quarto, tirar todas as roupas do roupeiro e armários, juntar por categorias de peças, incluindo as roupas que estejam para lavar e para passar a ferro. Deste modo temos uma visão daquilo que realmente temos, podendo escolher o que, de facto, nos faz felizes.
Não consigo porque precisava de um dia inteiro para o fazer, sem ser interrompida por marido, filhos, etc.



No entanto, já destralhei muitos objectos:

- cintos que não usava há anos, alguns dos quais já estavam a ficar estragados;
- bijuteria (mesmos motivos);
- roupas que nunca usei ou nunca mais usei, seja por me ter arrependido de as comprar, seja por me terem deixado de servir ou achar que não me ficam nada bem;
- roupas interiores (idem aspas);
- objectos de várias categorias (cachecóis, echarpes, bigoudis, facas que recebi numa demonstração à 20 anos e nunca usei por não gostar delas, etc.);
- dossiers e papeladas "do tempo da outra senhora"
- alguns brinquedos e livros infantis (estes objectos é com mais calma... tem de ser ou com a colaboração das crianças ou de forma muito gradual).

Para a semana vou estar uns dias de férias em casa, com os miúdos, é certo, mas conto conseguir fazer mais algumas arrumações: mais dossiers para esvaziar, dar a volta à minha roupa e dos miúdos, convencer o marido a fazer algo semelhante.

E qual o destino final destes objectos:
- jogos, bonecos, livros: uma parte doei para a instituição (creche e Jardim de Infância) onde os mais novos estão actualmente, outra parte coloquei num contentor de roupa da Caritas;
- roupas, sapatos e acessórios têm finalidade semelhante: doo a quem precisa ou coloco no contentor de roupa;
- papeis velhos: reciclagem ou para os miúdos desenharem;
- alguns livros coloquei à venda em sites dedicados a esse tema, se entretanto não surgirem interessados, colocarei nos contentores de roupa, já que podem servir para outras pessoas lerem.

E por ai, são adeptos do destralhe?


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