terça-feira, 7 de março de 2023

Quem nunca

Tenho vários livros por ler em casa, alguns que comprei "porquetinhamesmodelereeraparajá", outros emprestados, que pretendo devolver em breve. 
Mas os livros são como as cerejas, ter só um não chega.
Ora nas minhas horas de almoço, nos dias em que não vou o crossfit, dou uma voltinha a pé. Um dos sítios onde vou amiúde é a sala de leitura. A última vez que lá fui requisitei um livro para uma colega de trabalho ler, achei mesmo que ela iria gostar (e gostou). Já que lá estava, trouxe um de Saramago, que era leitura do mês do meu grupo "ler Saramago e herdeiros". Aproveitei para trazer outro livro, que foi citado numa das minhas últimas leituras e não sei porquê fiquei convencida de que iria gostar dele. 

Resumindo: estava a meio duma leitura, tenho dois livros emprestados que queria devolver no próximo domingo (não vai acontecer), tenho outros dois emprestados a residir cá em casa há mais de dois anos (atenção, estes não os pedi, a colega achou que eu iria gostar), tenho dois livros comprados, que queria ler mesmo em em breve (e mais uns quantos na estante e kobo), um volume de uma saga de fantasia começado e, mesmo assim, trago 1 livro só porque sim. Que se calhar nem vou gostar, sei lá... 

sexta-feira, 3 de março de 2023

Estaremos a criar um futuro de pessoas que não sabem pensar?

As notícias que surgem sobre livros censurados, alterados, proibidos assustam-me. 
(estaremos no inicio de um fahrenheit 451?)





Se até o MAUS, de Art Spiegelman foi proibido... 

"Com o pretexto de apresentar a adolescentes de doze e treze anos cenas de nudez e uma linguagem obscena, Maus não é um livro bem-vindo nas salas de aula do condado de McMinn, no Tennessee"




Também aqui na minha localidade houve recentemente uma polémica em torno do Carnaval, em que uma escola iria levar os miúdos vestidos de preto, com saias de palha, a imitar tribos africanas. Talvez não fosse o traje mais representativo de tribos africanas, mas a celeuma que se criou foi demasiado, com uma mãe a querer meter policia e o SOS racismo à mistura (mãe sem qualquer ligação ao continente africano, os pais com ligação a este continente não se importavam com o fato e, aqueles que achavam não ser representativo da sua cultura, também afirmavam que era um dia de diversão, não dando demasiado relevo à questão).  
Sinto que estamos numa época de extremos, o politicamente correto, o alterar de símbolos, artes, o que seja, para não ofender terceiros, mesmo que inicialmente a ideia não fosse essa. 
No caso das últimas censuras a livros escritos no século passado, não seria melhor trabalhar essas obras, explicando que a linguagem neles existente se remete a uma época especifica, sendo um mau exemplo do que se fazia? Que se no século passado se denegriam outros povos, culturas, crenças religiosas, tendências sexuais, isso era incorreto? Sensibilizar para o porquê de ser incorreto? 
O que acontece se simplesmente passarmos uma esponja sobre as partes da história que menos nos agradam? Se daqui a 200 anos alguém se lembrar de ser homofóbico, machista, racista, será isso uma novidade para quem aqui viva? Uma tendência? A que ninguém vai ligar porque simplesmente isso não existe, nem nunca existiu pois não existem esses relatos? Será que se desconhecerão os perigos dessa tendência?

No mês passado fui a uma exposição no museu da marinha, entre as réplicas dos barcos que ali estavam expostas não vi nenhuma referência a um navio negreiro e a referência à escravatura era mínima, com umas antigas algemas penduradas e um painel que abordava o tema. Como sensibilizar os meus filhos para os maus exemplos dessa época se a própria história parece estar a ser apagada?

No livro 1984 (editado em 1949!) este tema já era abordado, quando o grande irmão alterava a história de modo a que correspondesse ao que queria passar à população. Neste livro também se falava na simplificação da linguagem, de como a diminuição do léxico diminuiria igualmente o pensamento das pessoas, por não existirem palavras que exprimissem aquilo que se estaria a pensar. 



Vem este simplificar da linguagem a propósito do ChatGPT, uma ferramenta online que elabora textos a nosso pedido. Será isto o início do fim do pensamento critico? Um estudante não precisa de elaborar textos, basta pedir ao chat que elabore um texto sobre algo. E a importância dos resumos, de perceber o que é importante em determinado texto e elaborar algo apartir daí?

Enfim, a importância de pensar, onde fica?

quinta-feira, 2 de março de 2023

Vou atravessar a Ponte 25 de Abril

Mais uma prova em que eu e o namorido nos inscrevemos, a Vodafone 10K, prova que vai decorrer no dia da EDP Meia Maratona de Lisboa.
Por aqui ninguém corre (costumo dizer que a minha religião não me permite 😁) mas vamos a andar e lá iremos atravessar a Ponte 25 de Abril. Dizem que é uma ponte que se sente a abanar e ainda é alta, possivelmente também se sentirá mais o vento... a coisa promete! 

Em outubro do passado participámos na EDP mini maratona e atravessámos a Ponte Vasco da Gama (8,5Km). Foi uma prova muito gira, a distância fazia-se bem. Também no ano passado participámos no Trail Trilho das Dores aqui no nosso concelho. Foram 10 km de trilho que percorremos à noite. (Felizmente foi à noite, para não nos apercebermos de todos os locais onde poderíamos cair e partir qualquer ossinho!) 
E em abril temos mais uma prova noturna aqui na nossa cidade, 10 km com comes e bebes, abastecimento de vinho tinto, bifanas e pampilhos 😜 O sonho de qualquer atleta.

Nota: quer para esta corrida da Vodafone 10K quer para a EDP mini maratona, os dorsais foram oferta da EDP comercial, que de vez em quando oferece uns miminhos aos seus clientes. Basta estar atento ao site e às ofertas dos parceiros.