Este documentário é filmado durante a digressão que Joshua Millburn e Ryan Nicodemus (the minimalists) fazem a promover este estilo de vida e o livro que escreveram sobre o mesmo.
São propostas várias reflexões:
- Na atualidade temos casas cada vez maiores e precisamos de cada vez mais espaço para depositar coisas (dão o exemplo nos EUA, onde pessoas alugam garagens ou outro tipo de contentores para depósito de objectos)
- O facto de termos casas grandes "obriga" a que compramos mais objectos (por exemplo, mesas para a cozinha, sala de jantar, sala de estar) mas na realidade poucas vezes usamos todas as divisões da casa;
- o "boom" do consumo deu-se com a entrada no mercado de produtos muito baratos, de baixa qualidade, por norma vindos de países asiáticos;
- Compramos para nos sentirmos felizes, mas essa felicidade é temporária. Logo logo teremos de comprar mais qualquer coisa para termos nova sensação de felicidade (passageira);À medida que deixava as coisas ir, começava a sentir-se mais livre, mais feliz, mais leve. À medida que o ruído exterior desapareceria, também o interior: desordem motivacional, desordem mental, stress, ansiedade.”“Descobrimos que trabalhar 70 a 80 horas por semana para comprar mais coisas não preenchia o vazio – só o alargava: a interminável perseguição de ter mais coisas só nos trazia mais dívida, ansiedade, medo, stress, solidão, culpa, opróbrio, paranóia e depressão.”
No documentário surgem algumas famílias, com e sem filhos, que tentam seguir esta filosofia de vida, com as necessárias adaptações às suas próprias realidades. Numa das famílias com filhos mostram uma menina que faz colecção de tudo e mais alguma coisa, que tem muita dificuldade em desapegar-se dos objectos. Eu tenho uma igual em casa :) (e não é fácil conseguir que doe algum brinquedo ou mesmo roupa que já não usa) .
Já aqui referi algumas vezes, identifico-me com esta filosofia, já que prefiro ter menos objectos, menos "ruído visual" e mesmo nas roupas, o ter menos peças facilita-me a escolha (acho que qualquer dia vou ser como o Mark Zuckerberg e adoptar uma peça única para me vestir).
Enfim, acho que vale bem a pena ver este documentário.
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